INDÍGENAS FECHAM A BR-101 E REALIZAM MANIFESTAÇÃO PRÓXIMA À CENTRAL NUCLEAR DE ANGRA DOS REIS 386su
O movimento indígena realiza, nesta segunda-feira (9), uma série de manifestações em diversas regiões do país em defesa da demarcação de terras, dos direitos dos povos originários e da proteção ambiental. Em Angra dos Reis (RJ), manifestantes bloquearam um trecho da rodovia Rio-Santos (BR-101), nas proximidades da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). O protesto ocorre em um momento sensível para a Eletronuclear, que está conduzindo a parada programada da usina Angra 1 para recarga de combustível. Já Angra 2 segue operando. Apesar do bloqueio, a Eletronuclear informou que todas as operações estão sendo realizadas em condições normais e seguras.
A manifestação em Angra dos Reis faz parte de um movimento nacional contra o Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 717/2019, que suspende a demarcação das Terras Indígenas Toldo Imbu e Morro dos Cavalos, em Santa Catarina. O texto foi aprovado com urgência pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e pelo plenário do Senado no dia 28 de maio, e agora segue para votação na Câmara dos Deputados. Os indígenas também se posicionam contra o Projeto de Lei (PL) 2.159/2021, que propõe um novo marco legal para o licenciamento ambiental no Brasil.
Leia abaixo a nota da Eletronuclear sobre a operação das usinas em meio à manifestação e ao bloqueio da BR-101:
A Eletronuclear informa que Angra 2 opera em condições normais e seguras, apesar da manifestação indígena na rodovia Rio-Santos (BR-101), nas proximidades da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). Angra 1 segue em parada programada para recarregamento de combustível e manutenção desde 5 de abril, conforme previsto pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). As atividades da primeira usina também não estão sendo impactadas pelo movimento.
É importante ressaltar que o protesto faz parte de um movimento nacional convocado por lideranças indígenas de todo o Brasil, em defesa dos direitos territoriais dos povos originários.
A manifestação não tem qualquer relação com a Eletronuclear ou com as usinas nucleares de Angra, mas está impactando o tráfego na região, causando pequeno transtorno na entrada e saída da CNAAA. No entanto, a empresa reforça que não há qualquer prejuízo à segurança de Angra 1 e 2.
A Eletronuclear reafirma seu compromisso com a transparência e com a prestação de informações claras à sociedade.
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