COM CONTRATO DE SONDA PERTO DO FIM, PETROBRÁS AINDA AGUARDA VISTORIA DO IBAMA EM UNIDADE DE FAUNA NO AMAPÁ ENTREGUE HÁ 40 DIAS 9w6i
Já se aram 40 dias desde a entrega da Unidade de Atendimento e Reabilitação no Oiapoque (AP), que era uma das exigências do Ibama para a liberação da licença ambiental para perfuração do poço exploratório na Bacia da Foz do Amazonas. No entanto, o órgão ambiental ainda não fez a sua vistoria técnica ao centro. A reportagem do Petronotícias questionou à presidente da Petrobrás, Magda Chambriard, sobre essa situação durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (13). A executiva disse que “respeita a institucionalidade do país e que acredita na racionalidade dessa institucionalidade”. A celeridade no andamento do processo de licenciamento é vital, pois a sonda contratada pela Petrobrás para perfurar o poço terá seu contrato vencido em outubro – ou seja, daqui a cerca de cinco meses.
“Estamos com tudo programado para mover essa sonda para a locação. A última exigência do IBAMA foi atendida no final de março. O novo centro de despetrolização da fauna no Oiapoque foi entregue no final de março, com licença emitida pelo estado do Amapá no início de abril”, disse a executiva. “O que estamos entregando para a sociedade é o maior Plano de Emergência para uma operação de exploração de petróleo já visto no mundo, em águas profundas e ultraprofundas. É muito difícil imaginar que uma licença com esse tipo de aparato não vá ser emitida numa região tão carente, que precisa tanto de desenvolvimento”, completou.
A diretora de Assuntos Corporativos da Petrobrás, Clarice Coppetti (foto à direita), revelou que a empresa realizou, na semana ada, um exercício simulado interno da empresa na região de Oiapoque. Vale ressaltar que esse simulado não substitui a Avaliação Pré-Operacional (APO), que é uma atividade que analisa a capacidade de resposta a derramamento de óleo.
“Tivemos mais de 200 pessoas envolvidas — técnicos de todas as áreas — e muitos equipamentos mobilizados. Simulamos todas as ações de resposta à emergência, de resgate e de tratamento de fauna. Todos os exercícios comprovaram que nosso planejamento está correto. Todos os tempos estão dentro dos manuais — dos robustos manuais do IBAMA“, disse Clarice ao detalhar o simulado interno da empresa.
A executiva contou que a petroleira tem feito, semanalmente, reuniões e conversas com o IBAMA, bem como tem protocolado todos os os dados para a liberação da licença. “Estamos conduzindo uma gestão direta e acreditamos que, nos próximos dias, teremos a resposta desse órgão ambiental”, concluiu Clarice.
CONTRATO DA SONDA VENCE EM OUTUBRO
A sonda ODN-II, de propriedade da Foresea, está contratada pela Petrobrás para realizar a perfuração do poço da Foz do Amazonas. Contudo, o contrato da unidade vence em outubro. A diretora de Exploração e Produção da Petrobrás, Sylvia dos Anjos (foto à esquerda), explicou que, caso a perfuração comece antes do vencimento do contrato, a operação poderá continuar até a conclusão do poço — mesmo que ultrae o mês de outubro.
“Por isso, é fundamental que a gente tenha essa licença. Ainda tem o tempo de locomoção até a sonda, a realização da APO, depois aguardar o ‘ok’ do IBAMA e só então iniciar a perfuração”, pontou a diretora. “Precisamos garantir que, dentro do prazo, estejamos com o poço em andamento. Porque, se isso não acontecer, o que pode acontecer é precisaremos de uma licença para outra sonda, o que é muito difícil. Então é realmente fundamental conseguir essa licença. Estamos torcendo muito para isso“, finalizou.
Atualmente, a sonda ODN-II está na Baía de Guanabara, ando pelo processo de limpeza de coral-sol, que deve ser concluído nos próximos dias.
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