Defesa – Petronotícias 274n4 Seu canal de notícias de Óleo & Gás Sat, 14 Jun 2025 08:00:56 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.6.29 /wp-content/s/2018/02/cropped-petroicon-32x32.png Defesa – Petronotícias 274n4 32 32 LULA VAI CONTRATO DE AQUISIÇÃO DE CHAPAS DO CASCO DO SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO DURANTE VIAGEM À FRANÇA c253k /lula-vai--contrato-de-aquisicao-de-chapas-do-casco-do-submarino-nuclear-brasileiro-durante-viagem-a-franca/ /lula-vai--contrato-de-aquisicao-de-chapas-do-casco-do-submarino-nuclear-brasileiro-durante-viagem-a-franca/#comments Thu, 05 Jun 2025 19:00:06 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Defesa]]> <![CDATA[Indústria Naval]]> <![CDATA[Mercado]]> /?p=254214 <![CDATA[O presidente Lula deve , nos próximos dias, o contrato para a aquisição de chapas metálicas destinadas à construção do casco resistente do submarino nuclear brasileiro Álvaro Alberto. O ato deve ser acompanhado pelo comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, que integra a comitiva presidencial. A cerimônia ocorrerá durante a visita oficial de Lula à cidade […]]]> <![CDATA[

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54568053152_2f72936e00_cO presidente Lula deve , nos próximos dias, o contrato para a aquisição de chapas metálicas destinadas à construção do casco resistente do submarino nuclear brasileiro Álvaro Alberto. O ato deve ser acompanhado pelo comandante da Marinha, almirante Marcos Sampaio Olsen, que integra a comitiva presidencial.

A cerimônia ocorrerá durante a visita oficial de Lula à cidade de Toulon, no sul da França, onde está localizada uma das principais bases navais da marinha sa. O local abriga parte significativa da frota de submarinos do país, incluindo embarcações de propulsão nuclear, e é considerado o principal centro de operações navais sas no Mar Mediterrâneo.

Além da do contrato, está prevista ainda uma visita ao estaleiro do Naval Group, companhia sa que faz parte do consórcio responsável pelas obras do Programa de Submarinos da Marinha (Prosub) brasileira.

O Álvaro Alberto será o primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear e convencionalmente armado do país. O projeto é considerado estratégico para a soberania nacional, especialmente na proteção das riquezas do pré-sal e da chamada Amazônia Azul.

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A STELLA TECNOLOGIA E A GIGANTE SA THALES VÃO DESENVOLVER NO BRASIL UM VANT ARMADO PARA AS FORÇAS ARMADAS 5z3ik /a-stella-tecnologia-e-a-gigante-sa-thales-vao-desenvolver-no-brasil-um-vant-armado-para-as-forcas-armadas/ /a-stella-tecnologia-e-a-gigante-sa-thales-vao-desenvolver-no-brasil-um-vant-armado-para-as-forcas-armadas/#respond Mon, 14 Apr 2025 08:00:32 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Defesa]]> <![CDATA[Mercado]]> /?p=250956 <![CDATA[O mercado de defesa brasileiro ainda sente os efeitos dos negócios realizados durante e após a LAAD Defence & Security, o maior evento de Defesa e Segurança da América Latina, realizado no Rio de Janeiro. A Stella Tecnologia, empresa brasileira referência em Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), e o Grupo Thales, um dos maiores conglomerados […]]]> <![CDATA[

11111O mercado de defesa brasileiro ainda sente os efeitos dos negócios realizados durante e após a LAAD Defence & Security, o maior evento de Defesa e Segurança da América Latina, realizado no Rio de Janeiro. A Stella Tecnologia, empresa brasileira referência em Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), e o Grupo Thales, um dos maiores conglomerados de Defesa do mundo, am um memorando de entendimento visando o desenvolvimento conjunto, no Brasil, de sistemas avançados de vigilância e defesa embarcados em UAVs (Veículos Aéreos Não Tripulados). O acordo foi realizado por intermédio da Omnisys Engenharia, subsidiária da Thales no Brasil. A parceria representa um o estratégico para fortalecer a indústria de Defesa nacional, promovendo soberania tecnológica, geração de empregos especializados e inserção do Brasil em cadeias globais de valor. O acordo ainda abre caminho para que países membros da OTAN tenham o a soluções de ponta desenvolvidas em território brasileiro – em um cenário de incertezas na geopolítica atual.

Atobá, da Syella Tecnologia

Atobá, da Syella Tecnologia

Qualificada como Empresa Estratégica de Defesa (EED), a Stella Tecnologia é pioneira no desenvolvimento de VANTs de classe MALE (Medium-Altitude Long-Endurance) no Brasil. Seu portfólio inclui o Atobá, maior UAV dessa classe já desenvolvido no país, com 8 metros de comprimento, 11 metros de envergadura e 500 kg de peso máximo de decolagem (MTOW), como explicou Gilberto Buffara, CEO da Stella: “A parceria com o Grupo Thales amplia nossas fronteiras de inovação e reforça a confiança internacional em nossa capacidade tecnológica. A sinergia entre nossas competências representará um importante ganho para o desenvolvimento de soluções críticas que atendam às demandas do Brasil e do mercado internacional.”

abob nadeiraA parceria entre as empresas prevê que todo o  desenvolvimento e a manutenção das soluções ocorrerá no Brasil, fortalecendo a base industrial de defesa e consolidando o país como player relevante no cenário global de tecnologias aéreas não tripuladas. Com mais de 40 anos de atuação em inteligência, vigilância e reconhecimento, a Thales é referência mundial em sistemas aéreos não tripulados. Seu portfólio inclui o Watchkeeper, maior programa de UAV da Europa, além de mais de 100 mil horas de voo operacional em diversas frentes. Luciano Macafferi, Vice-presidente da Thales América Latina e Diretor Geral do Brasil. “Ao unir nossa expertise em sistemas avançados com a capacidade de desenvolvimento da Stella, estamos criando soluções estratégicas para fortalecer a defesa e segurança no Brasil. Esse é um o importante para ampliar a presença de tecnologias nacionais no setor, impulsionando a indústria local e promovendo maior autonomia para nossos clientes.”

Arnamentos para o Atobá

Armamentos para o Atobá

Os UAVs têm desempenhado papel crescente no planejamento de Defesa, fornecendo consciência situacional em tempo real para decisões estratégicas mais eficazes. De acordo com levantamento da Business Research Insights, de fevereiro de 2025, o mercado global de UAVs está em forte expansão, com previsão de crescimento anual entre 15% e 20%. O avanço é impulsionado por inovações tecnológicas, maior aceitação regulatória e aumento de aplicações comerciais e de Defesa. A colaboração entre empresas fabricantes de drones e empresas que vendem sistemas embarcados é fundamental para maximizar o desempenho, a segurança e a eficácia dos UAVs em diversas aplicações.

Atobá pode voar por mais de 24 horas sem reabastecimento. Ideal para controle de fronteiras

Atobá pode voar por mais de 24 horas sem reabastecimento. Ideal para controle de fronteiras

Para saber mais sobre as empresas, basta lembrar que a Stella Tecnologia atua no desenvolvimento e fabricação de aeronaves não tripuladas de grande porte para usos civis e militares. Seus projetos aeronáuticos utilizam recursos de última geração altamente configuráveis para atender a uma ampla gama de requisitos operacionais de missões táticas e estratégicas, com arquitetura modular, integração de sensores ISR (Intelligence, Surveillance, and Reconnaissance) e alto desempenho operacional.

Míssel anti-navio da Omnsys

Míssel anti-navio da Omnisys

A Omnisys é uma empresa 100% brasileira de alta tecnologia, certificada pelo Ministério da Defesa como Empresa Estratégica de Defesa. Com forte presença nos segmentos de controle de tráfego aéreo, defesa, eletrônica de mísseis, guerra eletrônica, equipamentos satelitais, cibersegurança, aviônicos e entretenimento a bordo. Subsidiária do Grupo Thales, é referência mundial em Radares de Controle do Espaço Aéreo, produzindo equipamentos para os mercados nacional internacional através de seu Centro de Excelência em Radares e possui mais de 40 produtos estratégicos de defesa.  A Omnisys segue investindo em novos produtos e serviços e inaugurou em 2021 seu Centro de Serviços Aviônicos e, em 2023, a expansão de sua linha para produção de radares holográficos para identificação de UAVs.

222222A Thales é líder global em tecnologias avançadas para os setores de Defesa, Aeroespacial, Cibersegurança e Digital. Seu portfólio de produtos e serviços inovadores aborda vários desafios importantes: soberania, segurança, sustentabilidade e inclusão. O Grupo investe mais de € 4 bilhões por ano em Pesquisa e Desenvolvimento em áreas-chave, especialmente para ambientes críticos, como Inteligência Artificial, cibersegurança, tecnologias quânticas e de nuvem. Tem mais de 83.000 funcionários em 68 países. Em 2024, o Grupo gerou vendas de € 20,6 bilhões.

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LENGA 6uo2c LENGA DO IBAMA E A IVIDADE DO GOVERNO FAZ NASCER UM NOVO INSTITUTO EM DEFESA DA EXPLORAÇÃO DA MARGEM EQUATORIAL /lenga-lenga-do-ibama-e-ividade-do-governo-faz-nascer-um-novo-instituto-em-defesa-da-exploracao-da-margem-equatorial/ /lenga-lenga-do-ibama-e-ividade-do-governo-faz-nascer-um-novo-instituto-em-defesa-da-exploracao-da-margem-equatorial/#comments Wed, 19 Mar 2025 15:00:37 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Defesa]]> <![CDATA[Meio Ambiente]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[Óleo & Gás]]> /?p=249291 <![CDATA[O lenga-lenga do Ibama, a inoperância da Ministra Marina Silva e a ividade do presidente Lula diante do dilema para a liberação da Margem Equatorial parece ter sido o estopim para o lançamento de uma nova instituição no setor de petróleo do Brasil. A redução do imposto seletivo de 1% para 0,25% na exportação de petróleo e […]]]> <![CDATA[

marcoO lenga-lenga do Ibama, a inoperância da Ministra Marina Silva e a ividade do presidente Lula diante do dilema para a liberação da Margem Equatorial parece ter sido o estopim para o lançamento de uma nova instituição no setor de petróleo do Brasil. A redução do imposto seletivo de 1% para 0,25% na exportação de petróleo e o posicionamento contra as imposições excessivas das agências reguladoras na exploração, além da Margem Equatorial, região que engloba as zonas marítimas da costa do Brasil, Guiana, Suriname, também alimentaram o início deste movimento. Foram das principais razões  para a criação do Instituto de Petróleo, Gás e Energia (IPEGEN), que será lançado em Brasília, na próxima terça-feira (25).

MARGEMA escolha pela sede em Brasília se dá pela parceria do IPEGEN com a Frente Parlamentar em Apoio ao Petróleo, Gás e Energia (Freppegen) da Câmara dos Deputados. O Instituto diz que terá a missão de ser um braço técnico na elaboração de políticas públicas para o setor, avaliando o impacto de novas leis e regulamentações, bem como facilitar o diálogo entre o mercado e o Parlamento. O encontro para o lançamento do Instituto  vai acontecer no Restaurante Nau – Salão Porto, no Setor de Clubes Esportivos Sul, Asa Sul Trecho 2, das 19h às 22h, que pretende reunir líderes do setor energético, acadêmicos e políticos.

pazuelloO lançamento do IPEGEN terá abertura do diretor-executivo do Instituto, o General da reserva Marco Aurélio Vieira (foto principal), e do deputado federal General Pazuello (foto à esquerda), presidente da Freppegen, além de especialistas do setor, como o ex-diretor geral do Operador Nacional do Sistema (ONS), Luiz Carlos Ciocchi e o ex-diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), John Forman. Ciocchi e Forman integram o Conselho de istração do Instituto, que tem também entre seus membros o engenheiro Thiago Lemgruber Porto, diretor da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (SOBENA), o professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Virgílio Gibbson, o advogado Rafael Favetti e ainda Tomás Guzman.

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John Forman

Estamos falando também de um setor que a por transformações decisivas. Temos legislações que precisam ser atualizadas e até implementadas, fiscalizações de indicadores de políticas públicas que precisam ser acompanhadas, questionamentos que precisam ser feitos às agências reguladoras e mesmo ao governo sobre prazos. O IPEGEN, juntamente com seu braço político, a Frente Parlamentar, tem todas as possibilidades de articulação e engajamento das pautas em todas as esferas: tanto no setor de petróleo, gás e energia quanto nos poderes legislativo e executivo”, disse Marco Aurélio Vieira.

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Luiz Carlos Ciocchi

O IPEGEN tem ainda entre suas frentes de atuação pautas que tratam de eficiência operacional, transição energética e mitigação de impactos ambientais na geração e distribuição de energia, alinhando-se às melhores práticas globais. Outra bandeira do Instituto é o combate à ilegalidade do combustível. O Brasil perde cerca de R$ 30 bilhões ao ano com adulteração e sonegação de impostos, segundo dados da Federação Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, Gás Natural e Biocombustíveis (Brasilcom).  Com sede em Brasília e atuação nacional, o IPEGEN tem o compromisso de fortalecer a agenda estratégica do setor. Com reuniões previstas em todo o país, a primeira delas será a apresentação do Instituto ao mercado fluminense durante o Fórum Sudeste Export, no Rio de Janeiro, nos dias 1, 2 e 3 de abril, reforçando o compromisso da entidade com a interlocução entre os principais players da indústria energética.

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A MARINHA DO BRASIL DESENVOLVE TECNOLOGIA PARA UM VEÍCULO DE SUPERFÍCIE NÃO TRIPULADO PARA SEGURANÇA DE MÚLTIPLO USO 2t3k71 /a-marinha-do-brasil-desenvolve-tecnologia-para-um-veiculo-de-superficie-nao-tripulado-para-seguranca-de-multiplo-uso/ /a-marinha-do-brasil-desenvolve-tecnologia-para-um-veiculo-de-superficie-nao-tripulado-para-seguranca-de-multiplo-uso/#respond Fri, 07 Feb 2025 16:00:07 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Defesa]]> /?p=246911 <![CDATA[A Marinha do Brasil (MB) está desenvolvendo desde 2021 um dos projetos mais inovadores da defesa nacional: o Veículo de Superfície Não Tripulado (VSNT). Sob a coordenação do Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV), o projeto teve início com a conversão experimental de uma embarcação de casco semirrígido de sete metros em um veículo […]]]> <![CDATA[

6666666 CAPAA Marinha do Brasil (MB) está desenvolvendo desde 2021 um dos projetos mais inovadores da defesa nacional: o Veículo de Superfície Não Tripulado (VSNT). Sob a coordenação do Centro de Análises de Sistemas Navais (CASNAV), o projeto teve início com a conversão experimental de uma embarcação de casco semirrígido de sete metros em um veículo não tripulado. Essa iniciativa foi possível graças ao conhecimento acumulado no CASNAV durante a criação do simulador de navegação, o Simulador de adiço (Sim), utilizado no Centro de Instrução Almirante Graça Aranha (CIAGA). Após os resultados positivos obtidos nessa etapa, a Marinha formalizou o projeto, buscando expandir suas capacidades e aplicações. “O desenvolvimento do VSNT é mais do que um marco tecnológico. É um reflexo do compromisso da Marinha com a inovação e a Defesa Nacional”, destaca o ex-Diretor do CASNAV, Capitão de Mar e Guerra Fabio Kenji Arakaki.

O desenvolvimento de tecnologias autônomas tem se aprimorado e a indústria naval segue essa tendência. A lancha autônoma VSNT-LAB, da Marinha do Brasil,222222 desenvolvida com fomento da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), representa um importante o à frente nessa direção, combinando avanços na robótica e sistemas de controle para criar uma embarcação capaz de realizar tarefas sem a necessidade de tripulação a bordo. Trata-se de uma tecnologia disruptiva que está sendo incorporada em várias áreas da defesa marítima, desde a vigilância costeira até operações voltadas para a varredura e ações de Guerra de Minas. O principal objetivo do projeto é desenvolver o conhecimento científico e técnico sobre veículos autônomos de superfície. Por meio do VSNT-Laboratorial (VSNT-LAB), a Marinha criou uma plataforma flutuante que possibilita experimentos em campo e a aplicação de soluções tecnológicas inovadoras. Essa infraestrutura tem sido utilizada e complementada por dezenas de trabalhos acadêmicos, envolvendo estudantes de graduação e mestrado, tanto das escolas de formação da MB quanto de universidades públicas parceiras.

3333333O projeto visa contribuir para o aprimoramento do Poder Naval, bem como para a atuação de órgãos de segurança pública, entidades do setor marítimo, academia e empresas da Base Industrial de Defesa, oferecendo um meio operacional capaz de abranger iniciativas de emprego e pesquisa em um campo de atuação em constante e acelerada evolução. “Estamos investindo em tecnologias que elevam o Brasil a um novo patamar no domínio de veículos de superfície não tripulados, com benefícios para o Poder Naval e para toda a sociedade”, afirma o gerente do projeto VSNT, Capitão de Fragata Rodrigo da Silva Vieira. Marinhas de diversos países têm intensificado os investimentos em operações autônomas de Contramedidas de Minagem para mitigar os riscos representados pelas minas marítimas, dispositivos explosivos projetados para danificar embarcações de superfície e embarcações submarinas. Essas armas, conhecidas por seu baixo custo e alta capacidade destrutiva, não apenas causam danos físicos, mas também geram um impacto psicológico significativo sobre os inimigos, restringindo o uso de áreas marítimas estratégicas por navios militares e comerciais. Essa ameaça reforça a necessidade de avanços tecnológicos e de estratégias eficazes para garantir a segurança em operações navais.

O Veículo de Superfície Não Tripulado para Contramedidas de Minagem (VSNT-CMM), uma das evoluções do projeto, apresenta especificações técnicas avançadas,4444444 podendo ser configurado com diferentes sensores, como sonar de varredura lateral, sonar multifeixe, câmeras de vigilância no espectro infravermelho, computadores robustecidos, giro satelital e unidade de medição inercial. Cada tipo de missão exige um arranjo específico de sensores e equipamentos. O controle do VSNT-CMM pode ser realizado em três modos: remoto, semiautônomo e autônomo. No modo remoto, o operador comanda diretamente os ângulos do leme e a aceleração do motor. No modo semiautônomo, o leme é controlado automaticamente pelo sistema digital embarcado, com o objetivo de manter um rumo definido pelo operador. Já no modo autônomo, o sistema digital embarcado permite que o veículo seja programado para cumprir missões completas, navegando de forma autônoma entre pontos predefinidos. Nesse caso, é necessário monitoramento contínuo para evitar colisões e garantir a segurança tanto do veículo quanto das embarcações próximas. “A flexibilidade de operação do VSNT-CMM, aliada à sua capacidade de navegação autônoma, representa um grande avanço para as operações navais, agregando eficiência e precisão às missões”, explica o Capitão de Fragata Vieira. O desenvolvimento do VSNT-CMM está sendo realizado em colaboração com a DGS Defense, responsável pelo projeto e produção dos cascos. A Marinha é responsável pela definição dos requisitos operacionais, pelo desenvolvimento do sistema digital de comando e controle e pela integração dos sensores.

555555Desde sua concepção, o VSNT tem demonstrado eficiência em operações reais. Em exercícios como o “MINEX-2023” e o “MINEX-2024”, realizados em Salvador (BA), o VSNT-Lab foi essencial para a localização e identificação de minas navais. O VSNT-CMM vem sendo utilizado em missões de guerra de superfície e de minas. Destaca-se a integração com um Veículo Submarino Autônomo, operado pelo Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM), que tem identificado positivamente as minas detectadas pelo VSNT. A integração rea as localizações das minas confirmadas ao Destacamento de Mergulhadores de Combate, especializado na desativação de artefatos explosivos, que concluiu as fases da Guerra de Minas por meio da simulação de detonação das minas inimigas. Além disso, o projeto está sendo adaptado para operar em plataformas, como as futuras Fragatas “Classe Tamandaré”, ampliando ainda mais suas aplicações no contexto operacional da Marinha.

O Assessor-Adjunto de CT&I da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM), Capitão de Fragata Vilc Queupe Rufino, ressalta777777 que, além do CASNAV, principal Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT) da MB responsável pelo desenvolvimento do VSNT, há a participação de diversas entidades no projeto. O Comando do 2º Distrito Naval contribui com a definição dos requisitos funcionais, enquanto o Centro Tecnológico da Marinha no Rio de Janeiro coordena os esforços das diversas organizações. O IPqM participa por meio da troca de experiências e otimização de recursos. A empresa DGS é responsável pela aquisição de materiais e serviços, e o LabOceano, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, oferece e acadêmico e infraestrutura para testes.

Atualmente, o projeto conta com duas embarcações operacionais: o VSNT-Lab e o VSNT-CMM. Futuramente, pelo menos mais dois cascos serão desenvolvidos. Além das aplicações no campo das contramedidas de minagem, a Marinha explora outras possibilidades de emprego para o VSNT, incluindo inteligência, vigilância, reconhecimento, proteção de infraestruturas críticas e monitoramento ambiental. O Encarregado da Divisão de Controle de Projetos de CT&I, Capitão de Fragata  Márcio Aurélio de Lima Rocha, explica que essas iniciativas refletem as diretrizes da Estratégia de Defesa Marítima e a busca por soluções tecnológicas que garantam a Soberania e a Defesa do Brasil em cenários cada vez mais desafiadores. Com o êxito alcançado, em 2025 serão adquiridos novos sensores e atuadores para a montagem de dois VSNTs, dando início aos testes de operação em “enxame”, isto é, a operação coordenada e cooperativa de dois ou mais veículos.

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A AGÊNCIA DE ENERGIA ATÔMICA FAZ NOVO ALERTA NA UCRÂNIA E DIZ QUE OUTRAS TRÊS USINAS NUCLEARES ESTÃO SOB RISCOS 204445 /a-agencia-de-energia-atomica-faz-novo-alerta-na-ucrania-e-diz-que-outras-tres-usinas-nucleares-estao-sob-riscos/ /a-agencia-de-energia-atomica-faz-novo-alerta-na-ucrania-e-diz-que-outras-tres-usinas-nucleares-estao-sob-riscos/#comments Mon, 02 Dec 2024 16:00:49 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Defesa]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> /?p=242995 <![CDATA[O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, disse que as três usinas nucleares em operação na Ucrânia tiveram que reduzir sua geração de eletricidade como resultado de ataques à infraestrutura energética do país. Na última atualização da agência, ela disse que as usinas nucleares – Khmelnitsky, Rivne e South Ukraine – […]]]> <![CDATA[

aieaO diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, Rafael Mariano Grossi, disse que as três usinas nucleares em operação na Ucrânia tiveram que reduzir sua geração de eletricidade como resultado de ataques à infraestrutura energética do país. Na última atualização da agência, ela disse que as usinas nucleares – Khmelnitsky, Rivne e South Ukraine – tiveram que reduzir seus níveis de energia na quinta-feira pela segunda vez em duas semanas como uma medida de segurança preventiva, por ainda estarem sob risco. As três usinas têm um total de nove reatores.  Um reator em Rivne foi desconectado da rede e todas as três usinas continuaram a receber energia externa, embora Khmelnitsky tenha perdido a conexão com duas de suas linhas de energia. Rafael Grossi disse que  “A infraestrutura energética da Ucrânia é extremamente frágil e vulnerável, colocando a segurança nuclear em grande risco. Mais uma vez, peço máxima contenção militar em áreas com grandes instalações de energia nuclear e outros locais dos quais elas dependem.” As equipes da AIEA visitaram sete subestações localizadas fora das usinas nucleares na Ucrânia em setembro e outubro para avaliar a situação após os ataques à infraestrutura de energia em agosto. Grossi relatou ao conselho de governadores da AIEA no início deste mês que houve “danos extensos” e concluiu que a confiabilidade do fornecimento externo para usinas nucleares foi “significativamente reduzida”.

Em seu comunicado, ele  disse que  “A AIEA continuará a avaliar a extensão dos danos às instalações e linhas de energia que são essenciais para azapzia segurança e proteção nuclear. A AIEA continuará a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para reduzir o risco de um incidente nuclear durante esta guerra trágica.” As equipes da agências enviadas para cada uma das usinas nucleares da Ucrânia e disseram que não houve relatos de danos diretos às usinas, mas elas precisam ter um suprimento de eletricidade para garantir que as funções de segurança necessárias possam ocorrer, bem como o resfriamento do reator, e também precisam de conexões confiáveis com a rede para poder distribuir a eletricidade que produzem. Além das três usinas nucleares em operação na Ucrânia, a usina nuclear de Zaporizhzhia (foto à direita) está sob controle militar russo desde o início de março de 2022. Seus reatores estão todos desligados e ela teve que depender de geradores a diesel de emergência em ocasiões em que perdeu todo o o à energia externa. A AIEA estabeleceu suas sete regras para segurança e proteção nuclear durante o conflito Rússia-Ucrânia, que foram adotadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Elas incluem os princípios básicos de que ninguém deve atirar em, ou de uma usina nuclear, ou usar uma usina nuclear como base militar.

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APÓS OPERAÇÃO QUE PRENDEU OFICIAIS 2ab14 CLUBES MILITARES AFIRMAM QUE HÁ MOVIMENTO PARA COMPROMETER A IMAGEM DAS FORÇAS ARMADAS /apos-operacao-que-prendeu-oficiais-clubes-militares-afirmam-que-ha-movimento-para-comprometer-a-imagem-das-forcas-armadas/ /apos-operacao-que-prendeu-oficiais-clubes-militares-afirmam-que-ha-movimento-para-comprometer-a-imagem-das-forcas-armadas/#comments Fri, 22 Nov 2024 23:00:41 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Defesa]]> <![CDATA[Mercado]]> /?p=242543 <![CDATA[O Petronotícias encerra o noticiário desta sexta-feira (22) repercutindo o assunto que mais movimentou o cenário político e militar do país nesta semana. Na última terça-feira (19), uma operação da Polícia Federal teve como alvo militares acusados de planejar o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal […]]]> <![CDATA[

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Presidente do Clube Militar, Sergio Carneiro

O Petronotícias encerra o noticiário desta sexta-feira (22) repercutindo o assunto que mais movimentou o cenário político e militar do país nesta semana. Na última terça-feira (19), uma operação da Polícia Federal teve como alvo militares acusados de planejar o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Segundo a PF, o grupo se chamava “Punhal Verde e Amarelo” e era formado em sua maioria por militares das Forças Especiais (FE) do Exército, os chamados “kids pretos”. O caso gerou uma forte repercussão no Brasil ao longo da semana. Diante da gravidade do assunto, os presidentes do Clube Militar, Sergio Tavares Carneiro, do Clube Naval, João Afonso Prado Maia, e do Clube da Aeronáutica, Marco Perez, divulgaram uma carta afirmando que, se confirmadas, as acusações “são incompatíveis com os valores que norteiam os integrantes das Forças Armadas”.

Contudo, os líderes dos clubes repudiaram também o que chamaram de “esforço deliberado e coordenado para comprometer a imagem das Forças Armadas junto à população”, já que as operações contra oficiais têm ocorrido sempre em datas simbólicas, tais como o Dia da Bandeira e o Dia do Exército Brasileiro. “Por meio de abordagens distorcidas, são disseminadas narrativas que vilipendiam, injustamente, uma instituição que tem historicamente demonstrado compromisso com a estabilidade e a integridade do país”, diz a carta.

Leia a seguir o comunicado dos clubes militares na íntegra:

“Entre Crises e Narrativas: A Defesa dos Valores Militares”

Presidente do Clube Naval, Prado Maia

Presidente do Clube Naval, Prado Maia

Em meio aos recentes acontecimentos que abalaram o País, nesta simbólica data de 19 de novembro, Dia da Bandeira — tão significativa para os brasileiros —, os noticiários destacaram a prisão de um oficial-general e quatro oficiais superiores do Exército. Eles são investigados por uma suposta tentativa de atentado contra o Presidente da República, o Vice-presidente e um ministro do Supremo Tribunal Federal. Dada a gravidade do caso, espera-se que haja uma investigação ágil, imparcial e rigorosa dos fatos.

É imperativo, também, o indispensável repúdio imediato e veemente às palavras e às atitudes dos acusados. Se confirmadas, são incompatíveis com os valores que norteiam os integrantes das Forças Armadas. Tais condutas afrontam princípios fundamentais como honra, lealdade e disciplina. Não são dignas de quem fez o solene juramento de defender a soberania nacional, a Constituição e, em última instância, morrer pelo Brasil.

O País atravessa uma crise profunda, que também impacta suas Forças Armadas, frequentemente arrastadas para o centro de disputas políticas em escalada. Essa situação decorre da falta de patriotismo, sensibilidade e responsabilidade por parte de lideranças políticas e autoridades constituídas. É válido questionar, em meio a esse cenário, se determinadas ações não visam, de forma insidiosa, enfraquecer a democracia, minar seus valores essenciais e restringir as liberdades individuais que sustentam a ordem social.

Por outro lado, é inquietante observar a escolha de datas emblemáticas para divulgar informações que comprometem a imagem das Forças Armadas, buscando associar a instituição a atos isolados. Um exemplo significativo ocorreu em 19 de abril do ano ado, Dia do Exército Brasileiro, quando o Presidente da República participou da cerimônia comemorativa no Quartel-General do Exército. Ao cobrir o evento, parcela da mídia noticiou, também, a prisão de um oficial superior, que poderia ter sido realizada em qualquer outra data.

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Presidente do Clube da Aeronáutica, Marco Perez

Parece que há um esforço deliberado e coordenado para comprometer a imagem das Forças Armadas junto à população. Por meio de abordagens distorcidas, são disseminadas narrativas que vilipendiam, injustamente, uma instituição que tem historicamente demonstrado compromisso com a estabilidade e a integridade do país. Concomitantemente, essas ações desviam o foco das responsabilidades daqueles que, em tese, deveriam dedicar-se a buscar soluções concretas para promover melhorias reais na vida do povo brasileiro.

O sensacionalismo em torno da prisão dos acusados, aliado à divulgação seletiva de informações e às declarações precipitadas de autoridades que deveriam agir com discrição, lança sobre as Forças Armadas uma sombra que não lhe pertence.

Diante disso, o Clube Naval, o Clube Militar e o Clube de Aeronáutica reafirmam sua dedicação aos princípios que orientam as Forças Armadas: o serviço à Nação e à defesa da paz e do bem comum. Convocam os brasileiros a se unirem em torno desses valores e exortam lideranças legítimas a promoverem a pacificação nacional e o respeito às Forças Armadas. Em tempos difíceis, alertam que a democracia e a estabilidade exigem vigilância constante e engajamento coletivo.

A honra e os valores das Forças Armadas permanecem acima de condenáveis ações isoladas ou narrativas oportunistas, simbolizando sua lealdade inabalável à Nação!

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NUCLEP CONQUISTA NOVOS NEGÓCIOS EM ÓLEO E GÁS E ESTÁ PERTO DE FINALIZAR SEÇÃO VITAL DO PROTÓTIPO DO SUBMARINO NUCLEAR 1q2245 /nuclep-conquista-novos-negocios-em-oleo-e-gas-e-esta-perto-de-finalizar-secao-vital-do-prototipo-do-submarino-nuclear/ /nuclep-conquista-novos-negocios-em-oleo-e-gas-e-esta-perto-de-finalizar-secao-vital-do-prototipo-do-submarino-nuclear/#respond Thu, 07 Nov 2024 08:00:17 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Defesa]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[Óleo & Gás]]> <![CDATA[entrevista]]> /?p=241600 <![CDATA[A Nuclep dá novos os na direção das diretrizes adotadas internamente desde o início da atual gestão liderada pelo presidente Carlos Seixas. Enquanto aguarda a retomada das obras de Angra 3, a empresa diversifica negócios para ampliar o seu faturamento. Ao longo de 2024, a Nuclep conquistou três contratos com a Petrobrás para a fabricação de estacas […]]]> <![CDATA[

SEIXASA Nuclep dá novos os na direção das diretrizes adotadas internamente desde o início da atual gestão liderada pelo presidente Carlos Seixas. Enquanto aguarda a retomada das obras de Angra 3, a empresa diversifica negócios para ampliar o seu faturamento. Ao longo de 2024, a Nuclep conquistou três contratos com a Petrobrás para a fabricação de estacas torpedo – fundações de aço que servem para fixar linhas de ancoragem – e está bem perto de o quarto acordo do tipo com a petroleira. “A vitória nessa licitação aconteceu há cerca de quinze dias. A do contrato deve acontecer em breve, com entregas previstas para 2025”, disse Seixas. Enquanto isso, no segmento de defesa, a Nuclep deve finalizar no início de janeiro a construção de uma parte vital do Laboratório de Geração de Energia Nucleoelétrica (Labgene) – que é um protótipo em terra, em escala real, do futuro submarino nuclear brasileiro, localizado em Aramar (SP). A Nuclep trabalha nas obras do chamado “Bloco 40”, que abrigará o reator do Labgene. Por fim, Seixas revela ainda que a empresa finalizou o seu novo planejamento estratégico, que privilegia os setores de óleo & gás e defesa, mas sem deixar de lado o setor nuclear: “Angra 3 não é bom apenas para a Nuclep, mas também para o Brasil. Vamos aumentar a nossa capacidade de energia de base, com a energia nuclear, contribuindo para uma matriz energética mais sustentável no país”, finalizou. 

Poderia começar falando aos nossos leitores como está a expectativa da empresa em relação à retomada das obras de Angra 3?

angra-3Estamos com uma expectativa muito grande. Em dezembro, deve haver uma definição sobre a continuação da construção de Angra 3. Isso é uma ótima perspectiva, pois será um grande ganho para a Nuclep ter a oportunidade de terminar a construção desses equipamentos. Além de gerar mais empregos naquela região, que considero muito importante, também trará um faturamento mais significativo para a empresa, que é, originalmente, voltada para a construção de equipamentos nucleares. Angra 3 não é bom apenas para a Nuclep, mas também para o Brasil. Vamos aumentar a nossa capacidade de energia de base, com a energia nuclear, contribuindo para uma matriz energética mais sustentável no país. Acho isso muito importante.

Seria interessante também se pudesse compartilhar conosco algumas atualizações sobre o andamento da obra do Bloco 40 do Labgene.

O Bloco 40 está praticamente pronto, faltando apenas alguns ajustes finais na parte que cabe à Nuclep. Já instalamos  em Aramar o Bloco 40, que é a estrutura onde ficará o reator nuclear do LABGENE. Restam apenas algumas soldas para finalizar essa etapa, e acredito que no começo de 2025 faremos essa entrega para a Marinha do Brasil.

E quais são as novidades dentro do segmento de óleo e gás?

nuclepO setor de óleo e gás está sendo fantástico. Estamos construindo muitas estacas torpedo para a Petrobras. Já vencemos três licitações, e agora ganhamos mais uma. Nosso preço está muito competitivo e a Petrobras está bastante satisfeita com nosso desempenho. Inicialmente, estávamos construindo sete estacas torpedo por mês, e agora estamos fazendo quinze, o que significa um ganho de produtividade com a experiência acumulada. Esse é mais um segmento em que a Nuclep vem se destacando no mercado, sendo reconhecida como uma grande relevância no setor.

Como será o calendário de execução desse novo contrato com a Petrobrás?

A vitória nessa licitação aconteceu há cerca de quinze dias. A do contrato deve acontecer em breve, com entregas previstas para 2025. 

Por fim, poderia detalhar um pouco sobre o novo planejamento estratégico da empresa?

Fizemos um planejamento estratégico que prevê a continuidade da atuação no setor de óleo e gás, que é muito importante para o faturamento da Nuclep. Mas não podemos esquecer o segmento nuclear, que é a nossa principal razão de ser. Temos uma grande expectativa de retomada da construção de Angra 3, que é crucial para a estabilidade da matriz energética do Brasil e, claro, para a Nuclep. Além disso, estamos focados na construção do futuro submarino de propulsão nuclear convencionalmente armado para a Marinha do Brasil. Esse projeto é de extrema importância tanto para o país quanto para a Nuclep.

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O REINO UNIDO ENTRA EM NOVA FASE PARA DESMONTAR O SEU PRIMEIRO SUBMARINO NUCLEAR 3c619 /o-reino-unido-entra-em-nova-fase-para-desmontar-o-seu-primeiro-submarino-nuclear/ /o-reino-unido-entra-em-nova-fase-para-desmontar-o-seu-primeiro-submarino-nuclear/#respond Sat, 19 Oct 2024 08:00:29 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Defesa]]> <![CDATA[Mercado]]> /?p=240272 <![CDATA[Enquanto o Brasil ainda está a espera para iniciar a montagem de seu submarino nuclear, a Marinha Britânica dá segue no desmantelamento de seu primeiro submarino nuclear. O trabalho começou na terceira e última fase do projeto para desmantelar o ex-HMS Swiftsure. Como projeto demonstrador do programa ele será o primeiro antigo RN SSN a ser totalmente […]]]> <![CDATA[

CAPAEnquanto o Brasil ainda está a espera para iniciar a montagem de seu submarino nuclear, a Marinha Britânica dá segue no desmantelamento de seu primeiro submarino nuclear. O trabalho começou na terceira e última fase do projeto para desmantelar o ex-HMS Swiftsure. Como projeto demonstrador do programa ele será o primeiro antigo RN SSN a ser totalmente descartado. O projeto glacial para desmantelar com segurança a crescente frota de barcos desativados,  finalmente começou a fazer algum progresso, em Rosyth, Inglaterra, nos últimos anos. Cada submarino ará por um processo de três etapas que envolve a remoção dos Resíduos Radioativos de Baixo Nível (LLW) primeiro. O segundo e mais exigente estágio envolve a remoção do Vaso de Pressão do Reator que contém o núcleo do reator e é classificado como Resíduos Radioativos de Nível Intermediário (ILW). O estágio final é garantir que o submarino esteja completamente livre de radioatividade e material radioativo, bem como remover quaisquer elementos restantes que sejam classificados. Neste ponto, o submarino pode ser cortado e cerca de 90% do material restante, principalmente o aço e outros metais, podem ser reutilizados ou ar por reciclagem convencional. O Swiftsure parece estar um pouco à frente do cronograma inicial, tendo concluído a Fase 1 (dezembro de 2016 – agosto de 2018) e agora a Fase 2.

O descarte do Swiftsure é uma conquista como o primeiro Reator de Água Pressurizada (PWR) em qualquer lugar do mundo a ser desmontado. Outras nações usam umSOLDA processo muito mais simples e cortam todo o compartimento do reator do submarino e o transportam estruturalmente completo para enterramento em instalações de armazenamento em terra. Os EUA descartaram com sucesso mais de 130 navios e submarinos nucleares desde a década de 1980. Os russos descartaram mais de 190 barcos da era soviética (com alguma assistência internacional) desde a década de 1990, enquanto a França já descartou apenas 3 barcos.

Na semana ada, alguns ex-submarinistas visitaram o barco e uma marca de corte formal foi feita para iniciar da desmontagem do submarino. Além do progresso com o Swifsure, o LLW foi removido com segurança do ex-HMS Resolution, Revenge e Repulse. Conforme a experiência foi adquirida trabalhando em barcos sucessivos, as técnicas foram refinadas e mais resíduos foram gerenciados para descarte final a um custo reduzido. A otimização do processo permitiu que uma tonelagem 50% maior de resíduos fosse removida em 75% do tempo que levou para o Swiftsure. Até agora, o trabalho foi concluído com segurança dentro do orçamento e do prazo. O trabalho ainda não começou no ex-HMS Dreadnought, Churchill e Renown ainda flutuando na bacia em Rosyth. Embora haja progresso positivo em Rosyth, o 14 Dock, em Devonport, ainda não está pronto para aceitar o primeiro barco para começar a desabastecer e desmontar. Agora, há 15 submarinos desativados enchendo as bacias em Plymouth (em breve serão 16 quando o HMS Triumph partir em 2025). O trabalho para se livrar desse legado não pode começar cedo o suficiente. Pelo menos as lições aprendidas em Rosyth devem dar às equipes em Devonport uma vantagem, embora a maioria desses barcos ainda tenha seu combustível nuclear a bordo e terá que ar por um processo de 4 estágios.

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PROJETO DO SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO RECEBEU A SEGUNDA LICENÇA PARCIAL DE CONSTRUÇÃO 4681y /projeto-do-submarino-nuclear-brasileiro-recebeu-a-segunda-licenca-parcial-de-construcao/ /projeto-do-submarino-nuclear-brasileiro-recebeu-a-segunda-licenca-parcial-de-construcao/#comments Thu, 05 Sep 2024 19:00:47 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Defesa]]> <![CDATA[Energia]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> /?p=237721 <![CDATA[A Secretaria Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (SecNSNQ) acaba de emitir a segunda licença parcial de construção para o projeto do submarino nuclear brasileiro, que será batizado de Álvaro Alberto. A informação consta em portaria publicada hoje (5) no Diário Oficial da União e assinada pelo chefe da SecNSNQ, almirante Petronio Augusto Siqueira de Aguiar (foto). […]]]> <![CDATA[

petronioA Secretaria Naval de Segurança Nuclear e Qualidade (SecNSNQ) acaba de emitir a segunda licença parcial de construção para o projeto do submarino nuclear brasileiro, que será batizado de Álvaro Alberto. A informação consta em portaria publicada hoje (5) no Diário Oficial da União e assinada pelo chefe da SecNSNQ, almirante Petronio Augusto Siqueira de Aguiar (foto).

Para lembrar, a SecNSNQ é o órgão da Marinha do Brasil responsável por regular, licenciar, fiscalizar e controlar embarcações que sejam movidas pela fonte nuclear. A licença foi concedida à Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN).

Com início da construção previsto para 2025, o Submarino Nuclear Convencionalmente Armado Álvaro Alberto é a joia da coroa do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da Marinha. Em junho, em Itaguaí (RJ), foi realizada a cerimônia de primeiro corte de chapa, para a construção das cavernas da Seção C Preliminar, do casco resistente do submarino.

O corte de chapa representou a retomada da construção de cascos resistentes pela Itaguaí Construções Navais (ICN), sendo um importante marco no processo construtivo do Submarino, em especial, porque a Seção C corresponde à região onde haverá a geração de energia propulsiva, impactando diretamente em sua complexidade estrutural. No calendário atual planejado pela Marinha, o lançamento ao mar do submarino Álvaro Alberto está previsto para 2033.

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ALGUNS PAÍSES QUEREM SEGUIR O EXEMPLO DA ÍNDIA E DA RÚSSIA E TAMBÉM ALUGAR SUBMARINOS NUCLEARES PARA SUAS DEFESAS 1m5x5c /alguns-paises-querem-seguir-o-exemplo-da-india-e-da-russia-e-tambem-alugar-submarinos-nucleares-para-suas-defesas/ /alguns-paises-querem-seguir-o-exemplo-da-india-e-da-russia-e-tambem-alugar-submarinos-nucleares-para-suas-defesas/#respond Tue, 03 Sep 2024 08:00:22 +0000 <![CDATA[Redação Petronotícias]]> <![CDATA[Defesa]]> <![CDATA[Energia Nuclear]]> <![CDATA[Mercado]]> <![CDATA[entrevista]]> /?p=237377 <![CDATA[O leasing de submarinos nucleares de ataque (SSNs) feito pela Índia, inicialmente da antiga União Soviética (URSS) e, posteriormente, da Federação Russa, é um capítulo significativo na história da cooperação militar entre esses dois países. Esse arranjo não apenas fortaleceu as capacidades submarinas da Índia, mas também teve implicações estratégicas no equilíbrio de poder no […]]]> <![CDATA[

leoO leasing de submarinos nucleares de ataque (SSNs) feito pela Índia, inicialmente da antiga União Soviética (URSS) e, posteriormente, da Federação Russa, é um capítulo significativo na história da cooperação militar entre esses dois países. Esse arranjo não apenas fortaleceu as capacidades submarinas da Índia, mas também teve implicações estratégicas no equilíbrio de poder no Oceano Índico. Recentemente, o programa AUKUS (Australia, United Kingdom, United States) emergiu como um novo paradigma na transferência de tecnologia de submarinos nucleares, suscitando comparações com a experiência indiana. A cooperação naval entre a Índia e a URSS começou a ganhar força na década de 1960, em um contexto de Guerra Fria, quando a Índia buscava modernizar suas forças armadas e a URSS via uma oportunidade de fortalecer sua influência no Sul da Ásia. Em 1988, esse relacionamento atingiu um novo patamar com a de um acordo de leasing de um submarino nuclear de ataque do Projeto 670 Skat (classe Charlie I) para a Índia. Este submarino, renomeado pela Índia como INS Chakra, foi um marco Mas isso abre um precedente militar mundial. Ao invés do Brasil construir um submarino de propulsão nuclear, ele poderia alugá-lo? Seria ou não  mais barato? Mas o Brasil teria ou não o às estruturas navais?

Submarino russo alugado pela India

Submarino russo alugado pela Índia

O Brasil e a França, fizeram um acordo de construção de quatro submarinos da classe Scopeèrne, de propulsão Diesel-Elétrica e de um submarino de propulsão nuclear. Para responder a essas e a outras perguntas, nós convidamos o Diretor Técnico da ABDAN – Associação Brasileira de Desenvolvimento das Atividades Nucleares, Leonam Guimarães, que também traz colado em seu peito os selos de ser um submarinista, Capitão de Mar e Guerra da reserva da Marinha do Brasil, ex-presidente da Eletronuclear, Coordenador Técnico da Amazul e representante do Brasil na AIEA – Agência Internacional de Energia Atômica, órgão da ONU.

– O senhor acha que o Brasil poderia alugar um submarino nuclear de algum país aliado?

Ele impõe respeito e é temido

Ele impõe respeito e é temido

– O Brasil é um Estado não nuclear pelo Tratado de Não Proliferação (TNP), com acordo de salvaguardas abrangentes firmado com a AIEA. Um submarino nuclear de outro país que hipoteticamente fosse objeto de leasing teria que ser submetido a “Procedimentos Especiais” previstos pelo acordo de salvaguardas em vigor, similares aos que vem sendo negociado com a Agência tanto para o SN-BR como para o AUKUS.

É importante destacar que o leasing de submarinos nucleares, como demonstrado pelos casos da Índia com a Rússia e da Austrália com o AUKUS, pode servir como uma solução temporária ou complementar enquanto um país desenvolve sua própria capacidade de construção e operação de submarinos nucleares. 

A possibilidade de o Brasil alugar um submarino nuclear de um país aliado é, em teoria, viável, mas envolve uma série de considerações estratégicas, políticas e tecnológicas que precisam ser cuidadosamente avaliadas. No caso do Brasil, que já está avançado em seu programa de desenvolvimento do submarino nuclear, o leasing poderia oferecer uma plataforma de treinamento e de aquisição de experiência prática para as tripulações brasileiras, além de permitir ao Brasil uma inserção mais rápida na operação de submarinos nucleares.

Em resumo, embora o leasing de um submarino nuclear seja uma possibilidade, ele não deve ser considerado como uma solução imediata ou simples. É uma decisão que requer um exame cuidadoso das implicações estratégicas, tecnológicas, políticas e diplomáticas, sempre em alinhamento com os interesses nacionais de longo prazo do Brasil.

– Então a Índia ou por estes procedimentos especiais, não?

– O caso da Índia é diferente pois ela é um estado nuclear “de fato,” possui armas nucleares e não é estado parte do TNP, não tendo, portanto, acordo de salvaguardas abrangentes firmado com a Agência.

– O caso do Irã, outro país que esta monitorado pela AIEA para que não chegue a ter armamentos nucleares, é diferente desse?

Submarino da Classe Akula

Submarino da Classe Akula

O caso do Irã teria também uma peculiaridade na medida em que o país há alguns anos descumpriu termos do seu acordo de salvaguardas por não ter declarado a existência de instalações de enriquecimento de urânio em seu território. De lá para cá essa situação vem sendo regida por acordos específicos envolvendo outros países além da Agência.

– Os submarinos alugados podem ser considerados como de ataque?

Veja bem, após o colapso da União Soviética em 1991, a Rússia herdou a maior parte da frota naval soviética e manteve o relacionamento de defesa com a Índia. Em 2004, foi firmado um novo acordo de leasing, desta vez envolvendo um submarino nuclear de ataque do Projeto 971 Shchuka-B (classe Akula II). Este submarino, após ser renomeado e modificado para atender às especificações indianas, foi entregue à Marinha da Índia em 2012 como INS Chakra II.

O INS Chakra II representou um avanço significativo em termos de capacidades em comparação ao submarino da classe Charlie I. Ele oferecia maior velocidade, maior profundidade de operação e um sistema de armas mais avançado. O leasing deste submarino também incluiu um contrato de dez anos, o que permitiu à Índia continuar desenvolvendo suas habilidades operacionais em submarinos nucleares, um componente crítico para a sua doutrina de dissuasão marítima.

– Qual é a situação atual da cooperação entre a Índia e a Rússia?

sub indiaO leasing do INS Chakra II foi concluído em 2022, e a Índia optou por não estender o contrato, devolvendo o submarino à Rússia. No entanto, antes do término desse contrato, a Índia e a Rússia já haviam iniciado discussões para um novo leasing de um submarino nuclear de ataque da classe Akula II, com previsão de entrega até 2025. Este novo submarino, ainda a ser nomeado, será mais uma vez modificado para atender aos requisitos da Marinha da Índia e deve incluir atualizações tecnológicas significativas.

A contínua cooperação entre a Índia e a Rússia no leasing de SSNs reflete as necessidades estratégicas da Índia em manter uma força submarina nuclear competente até que seu próprio programa de submarinos nucleares de ataque esteja plenamente operacional. 

Como é o Programa SSBN Arihant?

PROJETO AUKUS

PROJETO AUKUS

Enquanto a Índia estava focada no leasing de SSNs da Rússia, ela também estava desenvolvendo seu próprio programa de submarinos nucleares lançadores de mísseis balísticos (SSBNs), com o objetivo de completar sua tríade nuclear. O projeto mais proeminente nesse contexto é o INS Arihant, o primeiro SSBN indiano, que foi comissionado em 2016.

O INS Arihant foi desenvolvido como parte do Advanced Technology Vessel (ATV) Project, um esforço ambicioso que contou com assistência técnica russa, mas foi amplamente conduzido por cientistas e engenheiros indianos. Este SSBN é capaz de transportar mísseis balísticos nucleares, dando à Índia uma capacidade de segundo ataque, essencial para a dissuasão nuclear.

Além do INS Arihant, a Índia está construindo uma segunda unidade, o INS Arighat, que está em estágio avançado e deve ser comissionado em breve. Existem planos para mais três SSBNs, que serão maiores e mais avançados do que o Arihant, cada um com capacidade de transportar um número maior de mísseis balísticos e com maior autonomia.

A Nuclep deu exemplo de competência na construção dos submarinos brasileiros

A Nuclep deu exemplo de competência na construção dos submarinos brasileiros

O desenvolvimento desses SSBNs demonstra a capacidade crescente da Índia em construir submarinos nucleares complexos e se tornar autossuficiente em uma das áreas mais críticas de defesa. Entretanto, até que toda a frota de SSBNs esteja operacional, o leasing de SSNs da Rússia continua a ser um pilar fundamental da estratégia de defesa da Índia.

É possível se fazer uma comparação com o Programa AUKUS?

– O programa AUKUS, anunciado em setembro de 2021, é uma parceria trilateral entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, com o objetivo de fortalecer a presença estratégica no Indo-Pacífico. Um dos elementos mais destacados desse acordo é o compromisso de ajudar a Austrália a adquirir submarinos nucleares de ataque, seja por meio de construção local com transferência de tecnologia, seja por leasing de SSNs dos Estados Unidos ou do Reino Unido até que esses submarinos estejam prontos.

Há semelhanças com o Leasing Indo-Russo?

Tanto o leasing indiano de submarinos russos quanto o AUKUS envolvem o compartilhamento de tecnologias sensíveis e visam aumentar asbrasil capacidades submarinas nucleares de países aliados. Em ambos os casos, o leasing de SSNs serve como uma solução temporária para permitir que as nações beneficiárias desenvolvam e operem submarinos nucleares enquanto constroem ou aperfeiçoam suas próprias capacidades industriais e tecnológicas.

Assim como a Índia utilizou o INS Chakra e o INS Chakra II para treinar suas tripulações e desenvolver doutrinas de operação nuclear, a Austrália poderá usar submarinos americanos ou britânicos para acelerar seu programa de SSNs, ganhando experiência operacional antes de construir seus próprios submarinos nucleares.

– Quais são as Diferenças e Implicações Estratégicas?

No entanto, há diferenças cruciais entre as duas situações. O leasing russo para a Índia foi, desde o início, parte de uma relação bilateral de longa data, com a Rússia desempenhando o papel de principal fornecedora militar da Índia. Por outro lado, o AUKUS é um pacto trilateral que também possui uma dimensão estratégica mais ampla, visando especificamente conter a influência da China no Indo-Pacífico. Isso confere ao AUKUS uma relevância geopolítica mais imediata e explícita do que o arranjo Indo-Russo, que estava mais focado no fortalecimento gradual das capacidades indianas.

sub navehgan doAlém disso, o envolvimento dos Estados Unidos e do Reino Unido no AUKUS, ambos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU com fortes tradições de não proliferação nuclear, sugere uma abordagem mais rigorosa em termos de controle de transferência de tecnologia, comparado ao que foi visto nas transações russo-indianas. A supervisão e os controles impostos por Washington e Londres sobre o uso e operação dos SSNs poderão ser mais rigorosos, o que pode influenciar a forma como a Austrália emprega esses ativos em comparação com a Índia.

– Há implicações estratégicas globais?

– O leasing de submarinos nucleares de ataque tem proporcionado à Índia uma vantagem estratégica significativa no Oceano Índico, onde enfrenta desafios de segurança, particularmente da China, que também está expandindo sua presença naval na região. De forma semelhante, asub nucxc Austrália, por meio do AUKUS, visa contrabalançar o crescente poderio naval chinês no Indo-Pacífico, utilizando submarinos nucleares como parte central dessa estratégia.

Enquanto a Índia utiliza seus SSNs principalmente como parte de uma estratégia de dissuasão marítima voltada para a proteção de suas linhas de comunicação e como uma resposta a ameaças regionais, a Austrália, sob o AUKUS, está mais claramente alinhada com os esforços dos Estados Unidos para conter a influência chinesa em uma região muito mais vasta.

– O senhor acredita que seja um exemplo a ser seguido?

– O leasing de submarinos nucleares de ataque da URSS e da Rússia para a Índia é um exemplo importante de como parcerias estratégicas podem ajudar uma nação a desenvolver capacidades militares críticas. Comparado ao recente programa AUKUS, que visa fornecer submarinos nucleares à Austrália, é evidente que tanto a Índia quanto a Austrália veem o leasing de SSNs como uma maneira eficaz de acelerar o desenvolvimento de suas capacidades de dissuasão. No entanto, as diferenças nas motivações geopolíticas, controles de transferência de tecnologia e impacto estratégico mais amplo destacam a singularidade de cada arranjo.

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