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APOIADORES DA ENERGIA NUCLEAR JÁ SÃO O DOBRO DOS OPOSITORES, APONTA NOVA PESQUISA MUNDIAL 6h1l5c

nuclear-tarjaO apoio à energia nuclear é duas vezes maior do que a oposição, segundo a mais recente edição do índice internacional Public Attitudes toward Clean Energy (PACE), realizado pela empresa de pesquisa de mercado Savanta a pedido da consultoria Radiant Energy Group. Descrito como o maior estudo multinacional já divulgado sobre a opinião pública em relação à energia nuclear, o levantamento ouviu quase 32 mil pessoas em 31 países, que juntos representam cerca de dois terços da população mundial.

De acordo com o relatório, 46% dos entrevistados apoiam o uso da energia nuclear, enquanto 23% se opõem. Na edição anterior da pesquisa, o apoio também foi de 46%, mas a oposição era maior, com 28%. O estudo mais recente aponta que 22 dos 31 países pesquisados têm saldo positivo de apoio — ou seja, mais apoio do que rejeição. Em países como China, Polônia e Rússia, o apoio é mais de três vezes superior à oposição.

A pesquisa também mostra que mais de três vezes mais pessoas preferem manter o uso da energia nuclear do que abandoná-la. Em boa parte dos países, mais de 40% da população é favorável à construção de novas usinas nucleares. Em nações como Rússia, Polônia, Noruega, Finlândia, Holanda, Suécia e França, o apoio a subsídios para novas usinas nucleares é comparável ao apoio para grandes projetos de energia solar e eólica onshore.

reatorApesar do alto apoio, 86% dos entrevistados manifestaram preocupação com os impactos da energia nuclear sobre a saúde e segurança. Além disso, 48% acreditam que a energia nuclear gera níveis moderados ou altos de emissões de carbono, contra 42% que a veem como uma fonte de baixas ou nenhuma emissão.

A pesquisa também identificou ampla preocupação com o destino dos resíduos nucleares. No entanto, países que já implementaram soluções para a gestão desses resíduos demonstram menor rejeição ao tema. Na Finlândia, por exemplo, onde está localizado o repositório geológico Onkalo, o nível de preocupação é relativamente baixo. O mesmo ocorre na Holanda, que armazena seus resíduos na instalação COVRA, bem como no Egito e na Turquia, que planejam enviar o combustível usado de volta à Rússia.

Segundo a Radiant Energy, o fato de a maioria dos entrevistados afirmar que sabe pouco sobre energia nuclear sugere que fatores geopolíticos e não técnicos podem ter um peso maior na formação da opinião pública do que o conhecimento técnico.

A Savanta entrevistou 31.831 adultos entre novembro de 2024 e maio de 2025. O levantamento foi realizado online. Entre os países participantes estão todos os membros do G7 e dos BRICS, os 15 maiores produtores de eletricidade nuclear em 2023 e outras nações que consideram expandir o uso da tecnologia. O estudo representa 85% da população global atendida por energia nuclear.

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