PRESIDENTE DA ABDAN DESTACA A IMPORTÂNCIA DA ENERGIA NUCLEAR PARA SOBERANIA NACIONAL DURANTE AUDIÊNCIA NA CÂMARA 364m1j

Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados

O presidente da Associação Brasileira para Desenvolvimento das Atividades Nucleares (ABDAN), Celso Cunha, defendeu a importância da energia nuclear para a soberania energética nacional durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, na manhã desta terça-feira (27). O dirigente lembrou que o apagão em agosto de 2023 custou 2,4 bilhões de reais em apenas duas horas, o que reforça a necessidade de investimentos em fontes de energia de base, como a nuclear. Além disso, traçou um panorama sobre a atual configuração do parque de geração de eletricidade no país, que tem experimentado um crescimento exponencial de fontes intermitentes nos últimos anos.

Cunha lembrou que a matriz hídrica nacional possui 40% das usinas com mais de 40 anos de operação. “Essas plantas não foram feitas com máquinas que em as variações provocadas pela falta de inércia — ou, melhor dizendo, pela intermitência das fontes solar e eólica“, explicou. “Vamos lembrar também que o nosso sistema tem ado por testes hídricos imensos. A curva de planejamento hídrico, que no ado já foi de 17 anos, virou 13, virou 5, e agora é anual. Ou seja, é muito difícil conseguirmos manter os reservatórios nos níveis necessários“, acrescentou.

Olhando para o futuro, o presidente da ABDAN declarou que o Brasil não vai construir hidrelétricas e, como alternativas, sobram as usinas térmicas movidas a  carvão, gás e nuclear. “Desse grupo, só uma é limpa: a nuclear“, ponderou. O dirigente também lembrou que, desde 2017, tem alertado sobre a taxa de crescimento da intermitência, o que já trouxe problemas para o sistema elétrico nacional.

Celso também rebateu as críticas sobre o custo de geração da energia nuclear. “Não há motivos para essa abordagem tão crítica em relação ao custo. Óbvio que alguém tem que pagar o custo. Óbvio que a gente tem que equacionar isso. Agora, óbvio que não dá para ficar discutindo eternamente esse custo como sendo impossível“, concluiu.